CORONAVÍRUS: EMPRESA BRASILEIRA CRIA EQUIPAMENTO QUE ESTERILIZA O AR

Produto foi desenvolvido pela KIIR, especializada em estruturas de alumínio. Esterilizador também pode ajudar no combate a outros vírus, além de bactérias e fungos.

Equipamentos usam temperatura para limpar o ar. Modelo D30 (à direita) é voltado a clínicas odontológicas (Foto: Divulgação/KIIR)

Uma empresa brasileira desenvolveu um equipamento capaz de esterilizar o ar e que pode auxiliar no combate ao coronavírus. A máquina capta o ar e eleva sua temperatura a 380ºC em uma câmara de esterilização. Em seguida, abaixa a temperatura e devolve o ar limpo ao ambiente.

Chamado SuperAr, o produto é desenvolvido pela KIIR, especializada em estruturas de alumínio e incubada na USP/IPEN-Cietec.

A máquina nasceu do aprimoramento de outro equipamento, lançado há cerca de 20 anos pela empresa, voltado à eliminação de fungos e comercializado para bibliotecas e arquivos.

O responsável pela tecnologia é o engenheiro Gilberto Janólio. “Ele [Janólio] me contou que tinha uma ideia para um esterilizador de ar em alumínio. Eu falei que trabalhava com alumínio, e daí saiu uma faísca”, conta o fundador e CEO da KIIR, Amilcar Crosera.

“Vendemos muito para biblioteca e arquivo, esse foi o nicho que a gente encontrou muitos anos atrás.”

A máquina atual foi testada no Laboratório de Virologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com laudo da professora titular do Instituto de Biologia da universidade, Dra. Clarice Weis Arns. Na testagem, foi utilizado um coronavírus do mesmo gênero e família do Sars-CoV-2, causador da Covid-19. O equipamento foi considerado eficaz, com resultado de inibição de 99,99% do vírus testado.

Dois modelos estão sendo lançados pela empresa: o M25, que pode ser usado em locais como escolas, academias e restaurantes; e o D30, direcionado aos consultórios odontológicos e locais de maior exposição. Como diferencial, o D30 possui um duto para ser posicionado próximo ao paciente.

Segundo Crosera, o nicho de clínicas odontológicas foi o escolhido para a primeira fase de lançamento, de experiência de mercado. Seis consultórios já estão com o equipamento instalado.

“Estamos desde março nos adequando para oferecer equipamentos específicos para o coronavírus”, conta o empreendedor.

O aparelho, segundo a empresa, pode ficar ligado 24h por dia, não apresenta riscos à saúde e foi projetado para funcionar até 20 mil horas sem manutenção. A vazão é de 500L/min (30m³/h).

A quantidade de aparelhos indicada depende do ambiente e da situação. “Por exemplo, numa sala odontológica de até 20m², o D30 ou M25 atende muito bem”, afirma o empreendedor. O D-30 custa R$ 5.880 e o M-25 sai por R$ 5.620.

Como funciona:

Segundo Clarice Weis Arns, a tecnologia usada pelo esterilizador pode ser comparada ao processo de pasteurização do leite. “Ao passar por essa alta temperatura, o vírus morre”, explica.

O CEO da KIIR lembra, contudo, que o uso do esterilizador não elimina a necessidade da utilização de máscaras, por exemplo. Trata-se de um trabalho conjunto.

“É mais uma barreira para evitar a contaminação do coronavírus”, diz.

 

Pequenas Empresas Grandes Negócios

  • JULIANA FONTOURA – 29 JUL 2020

 

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