FOOD TRUCKS INVADEM AS RUAS DAS CIDADES E MOVIMENTAM ECONOMIA

UMA NOVA MODALIDADE DE VENDA DE ALIMENTOS ESTÁ GANHANDO AS RUAS DO PAÍS.

Segundo o Ibope Inteligência, a alimentação fora de casa faturou mais de R$ 140 bilhões no ano passado

O chamado food truck (pequenos caminhões que vendem comida em locais públicos) tem reunido centenas de apreciadores dos mais variados estilos gastronômicos. Existem food trucks que servem desde lanches mais comuns até pratos de culinária internacional, com leve “toque” gourmet e preços mais acessíveis (entre R$ 15 e R$ 20).
Segundo o Ibope Inteligência, alimentação fora de casa movimentou mais de R$ 140 bilhões no ano passado. O mercado em alta tem promovido o interesse de empresários do segmento de gastronomia.
Um dos sócios da franquia Los Cabrones, especializada em comida mexicana, Ricardo Nicoletti, explica que o formato defood truck surgiu como uma tendência nacional. “Ele já ocorre há muitos anos fora do país e esse formato de restaurante de rua tem invadido o Brasil. Em viagens para o exterior, tivemos conhecimento disso, da expansão que teve lá fora. Conversando com os sócios e ao pesquisar sobre isso, nós percebemos que no país já existiam algumas empresas atuando com isso nas principais capitais e estavam tendo uma boa aceitação do público. A gente embarcou nessa nova tendência e resolvemos não só criar uma unidade de food truck própria como também expandir para um formato de franquia dele”, informa.
Nicoletti comenta que a taxa de franquia com o projeto pronto sai em torno de R$ 70 mil e a estimativa de lucro inicial é de R$ 45 mil já no primeiro ano de negócio. Ele também relata que os principais empecilhos para essa modalidade são as partes legislativas, de regulamentação, burocrática, documental, uma vez que não existe legislação própria para esse segmento.

Futuros empresários
O sócio aconselha que quem tiver interesse em começar um negócio de food truck é necessário, primeiramente, se informar a respeito da legislação da região onde o caminhão será instalado. “Cada localidade tem sua própria norma. É importante se informar sobre a questão de alvará também. Em segundo lugar procure conhecer mais sobre a empresa e o segmento que você está atuando, se é mexicano, japonês, etc. Para saber quem é seu público, onde é o melhor ponto de atuação”.
Nicoletti acrescenta ao dizer que apesar do food truck ser um investimento mais baixo, ele não se abstém da necessidade de planejamento que é feita para a abertura de uma empresa física. “Por isso você precisa do planejamento financeiro, o marketing estratégico, etc. A vantagem da franquia é que nós já temos tudo isso pronto para oferecer. Essa é uma tendência para quem tem interesse em ter seu próprio negócio e seu formato é mais acessível para quem está começando”, salienta.

Higiene
O que faz muitos pensarem duas vezes antes de consumir alimentos fora de casa é a higiene e cuidado no preparo dos pratos. Porém, o food truck tem conseguido quebrar essas barreiras uma vez que a maioria dos empresários possui alvará e seguem a risca todas as normas da Vigilância Sanitária.
“Sem dúvida que esse tipo de negócio está sendo visto com outros olhos, mesmo porque já foram formuladas novas leis e exigências na Vigilância Sanitária que não permitem mais aqueles carrinhos simples operando. Já está tendo um cuidado muito maior com a parte de higiene, não temos somente comidas consideradas de rua. Existem carrinhos de marcas de nome atuando nesses food trucks, logo eles estão em outro conceito”, conclui.

Evento em BH

O assunto está tão em voga que aconteceu no último dia 29, no Mirante do Mangabeiras, o Food Truck Day, onde diversos representantes dessa nova modalidade estiveram presente.
O produtor do evento, Túlio Ferolla, comenta que o evento foi pensado no ano passado quando começou a febre dos caminhões de comida. “Nós percebemos que em BH estavam aparecendo, cada dia mais, esses caminhões. No final de 2014 não havia tantos negócios como esse como existe hoje. Em janeiro, nós vimos alguns festivais aparecendo e maisfood trucks nas ruas”.
Ferolla menciona que o evento do último domingo reuniu entre 1.500 a 2.000 pessoas. Ele comenta que a previsão agora é fazer o Food Truck Day City. “Nós não queremos ficar somente em BH, pretendemos levar esses carrinhos para outras cidades também, já estamos com planos para fazer em Contagem, Betim, Lagoa Santa e levando para o interior, talvez até Tiradentes. Porque Belo Horizonte já está começando a saturar de festivais a respeito disso. Nós queremos levar agora para Minas, para todo mundo conhecer”, finaliza.

Escrito por Andreza Cruz em Economia

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