CONVENÇÃO COLETIVA: SUA EMPRESA PRATICA ESG?
Sindal
29 de novembro de 2023
Feiras e Eventos, Gestão, Sustentabilidade
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CONVENÇÃO COLETIVA 2023: DE GRAÇA, NÃO TEM GRAÇA
Quanto sua empresa está disposta a pagar por um produto de VALOR?
Não há empresa de porte na qual o discurso sobre responsabilidade social e corporativa, diversidade, inclusão e equidade esteja fora da pauta institucional. Isso está explícito nos sites dessas empresas, nas entrevistas de seus executivos e em suas peças publicitárias. O discurso sobre a cidadania corporativa ativa é unânime.
Mas contam-se nos dedos aquelas organizações que praticam seu discurso. Esse desalinhamento é gritante quando constatamos o não pagamento da Assistencial Patronal pela negociação do contrato coletivo do trabalho com as Centrais Sindicais dos trabalhadores metalúrgicos.
As desculpas dadas para o não pagamento de um importante e vital instrumento na relação com a força de trabalho das empresas, desconsideram a relação sustentável e não procedem bem em relação com sua entidade representativa de patrões que depende desse recurso e financiou as rodadas de negociações.
Essa pauta, assim como as três valorizadas letrinhas do ESG, responsabilidade social, empresarial e governança, até aparecem na narrativa das empresas, mas somem na reta final do reconhecimento do importante serviço prestado pelo negociador patronal. Este, é vítima preferencial da rodada de negociação do contrato coletivo do trabalho, ficando ao Deus dará.
Existe algo mais “non-compliance” do que isso?
Pior, seus contadores ficam à caça de uma cópia pirata pra poderem fechar o aumento salarial ou aplicarem o abono especial, ou calcularem o 13º salário a tempo. É como se a empresa usasse software piratas para seu gerenciamento administrativo, financeiro e para os projetos dos equipamentos fabricados.
Mesmo sendo de vital importância para mitigar eventuais prejuízos na vida das empresas, essa linha suscita a discussão: “Quem é que vai pagar a conta? O negociador ou os beneficiários da Convenção Coletiva?
Essa é a dura realidade à qual o SINDAL fica exposto anualmente no nosso mercado. Porém, se questionarmos individualmente os colaboradores, gestores ou executivos decisores nas empresas, todos dirão que esse tipo de procedimento não reflete a cultura das empresas nas quais trabalham.
Por que será que negamos essa realidade? Por que não agimos de acordo com nossas crenças? Por que não reconhecemos e pagamos valores justos por um serviço alinhado aos propósitos declarados pela empresa no seu marketing?
Todos nós gostamos de ser reconhecidos como aliados da responsabilidade social e empresarial e aplaudimos pautas que promovem oportunidades iguais para todas as pessoas nas empresas. Mas, infelizmente, também somos nós que, como representantes legítimos das empresas em que trabalhamos, mantemos vivas narrativas como: “Aqui, apoiamos 100% a o respeito aos direitos sociais e econômicos dos nossos trabalhadores e da nossa entidade patronal representativa, mas achamos que não temos de pagar por isso”.
Precisamos, todos, começar a praticar aquilo em que dizemos acreditar. Esse é papel desta elite privilegiada que representamos no mercado e na sociedade.
Crie condições concretas para o letramento, a educação e as vivências das boas práticas ESG, começando por diversidade e inclusão, começando pelas pessoas e as entidades que lutam por você.