ALMOÇO FORA DE CASA SUPERA AUMENTO SALÁRIO

AUMENTO DO PREÇO DO ALMOÇO FORA DE CASA SUPERA O DO SALÁRIO MÍNIMO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
Preço médio de uma refeição completa passou de R$ 34,62, em 2019, para R$ 51,61 neste ano
Redação – 26 de agosto de 2024 – no Destaque do dia, Economia, Notícias
O aumento do preço médio de um almoço completo nos últimos 5 anos foi superior ao do salário mínimo. Segundo a pesquisa + Valor, feita pela Ticket em mais de 4,5 mil restaurantes do País, o valor médio de uma refeição com prato principal, bebida, sobremesa e cafezinho passou de R$ 34,62, em 2019, para R$ 51,61 neste ano, o que representa um aumento de 49%.
Já o salário mínimo, que era de R$ 998 cinco anos atrás, hoje está em R$ 1.412, segundo dados do segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ou seja, um crescimento de 41%. Com isso, quem não recebe vale-refeição, precisa desembolsar R$ 1.032,23 por mês para garantir o almoço de segunda a sexta, considerando um mês com quatro semanas. O valor corresponde a 73% do piso salarial.
“O preço da alimentação fora de casa não acompanha o salário, evidenciando o esforço que os trabalhadores precisam fazer para garantir as refeições nos dias trabalhados. Esse cenário reforça a importância do benefício de refeição oferecido pelas empresas como garantia de acesso a uma refeição completa e de qualidade”, afirma Natália Ghiotto, diretora de Produtos da Ticket.
Por região
Com preço médio de R$ 54,54, o Sudeste é a região em que cinco refeições no horário do almoço por semana mais pesam no bolso do trabalhador, onerando 77% do salário mínimo. Norte e o Centro-Oeste dividiram a última posição, com valor médio de R$ 45 e 64% do valor total do piso.
Quem ganha cinco salários mínimos tem cerca de 15% de sua renda comprometida com as refeições de almoço e quem recebe três salários mínimos tem, em média, 24% de comprometimento.
“Com a pesquisa + Valor, nosso objetivo é apresentar às empresas um panorama do setor de alimentação, auxiliando em suas estratégias quanto ao valor do benefício concedido às pessoas colaboradoras”, destaca Natália.

Imagem: Shutterstock

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