O governo reduziu em R$ 30,5 bilhões o limite de empréstimos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Projetos (Finep) poderão fazer por meio do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI) até o fim do ano. O limite, que desde janeiro estava estabelecido em R$ 50 bilhões, cairá, portanto, a R$ 19,5 bilhões.
A medida, antecipada ontem pelo Broadcast, foi anunciada pelo Ministério da Fazenda e faz parte da política instituída desde o início do ano pelo ministro Joaquim Levy, que deseja diminuir a dependência que as empresas têm dos empréstimos subsidiados do BNDES. Entre todas as linhas de financiamento oferecidas pelo BNDES, é justamente o PSI, criado em 2009, que conta com as melhores condições, com as mais baixas taxas de juros.
Liberações. Segundo uma fonte do governo, o corte no PSI não deve atrapalhar as liberações desses empréstimos subsidiados pelo BNDES às empresas porque, neste ano, as contratações têm sido mais baixas. O BNDES opera as linhas do PSI desde o início deste ano com recursos próprios, constituídos principalmente com os valores já repassados nos últimos anos pelo Tesouro Nacional. De 2008 a 2014, o Tesouro Nacional colocou cerca de R$ 450 bilhões no BNDES.
Dos R$ 19,5 bilhões de limite estabelecido a partir de agora, apenas R$ 1 bilhão será operacionalizado pela Finep – todo o restante é via BNDES. Na parcela do banco, presidido por Luciano Coutinho, o governo ontem ainda alterou os limites de cada “sublinha” de financiamento oferecida no âmbito do PSI.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo