FARINHA DE TRIGO – O QUE IMPACTOU O PREÇO NO VAREJO

A recente alto do dólar, junto ao fato de metade da farinha consumida no Brasil ser importada, criou uma ilusão de que esse foi o principal fator para um reajuste de 8% no preço médio de produtos como macarrão, biscoito, pães e bolos industrializados. Segundo o Departamento de Economia Rural, no Paraná, um dos principais produtores de trigo do país, em março, o preço caiu 26%. Além disso, a queda do preço do trigo de 30% no mercado internacional compensou parte da perda com a alta de cerca de 40% do dólar no primeiro trimestre de 2015, em relação ao ano passado.

Fatores Mais Influentes

Reais fatores para os repasses da indústria:- As informações dão conta de que os reajustes de energia, combustível e no frete foram fatores muito mais determinantes que o dólar. A energia, em São Paulo e alguns outros mercados, subiu mais de 50%. O combustível teve reajuste médio de R$ 0,15 no preço do diesel. E, por fim, entidades do setor estimam que o frete sofreu encarecimento de 20% no início deste ano. Sem contar o custo adicional às empresas com os dissídios, que ficaram na média de 8%, acima da inflação.

Reajustes Futuros

Alguns reajustes ainda devem acontecer nos próximos meses. Com o período de entressafra, o mercado já estima os preços para a nova safra 2015/2016. Segundo a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o preço mínimo do trigo vai subir 4,5% no Brasil. Apesar disso, o governo do Paraná, que deve ser o principal produtor da nova safra, não projeta um desaquecimento. Ao contrário, a colheita deve ser recorde e, com isso, as cotações tendem a recuar. A previsão é produzir 4 milhões de toneladas. Vale destacar que, segundo a Abimap, o Brasil consumiu 10 milhões de toneladas de trigo em 2014, sendo metade importada e metade produzida no país.
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