CRESCE O NÚMERO DE PESSOAS QUE VÃO AO SHOPPING APENAS PARA COMER

Pesquisa realizada pelo banco de investimento UBS

Imprensa Mercado & Consumo

– 7 de novembro de 2019

Cada vez mais, as pessoas vão ao shopping para comer na praça de alimentação e não para fazer compras.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo banco de investimento UBS, os gastos com vestuário continuam a crescer online, longe das lojas físicas, com cerca de 25% do total de vendas de roupas nos EUA ocorrendo hoje na Internet. A expectativa é que esse número cresça para 31% até 2023.

“Os compradores dizem que cada vez mais vão ao shopping para comer na praça de alimentação ou apenas usam o local como um ponto de encontro, em vez de visitar uma grande loja”, disse o analista Jay Sole.

“Como o shopping não é mais o local onde os consumidores descobrem a moda, faz sentido que as razões pelas quais eles visitam o shopping estejam mudando… Pelo sexto ano consecutivo, os consumidores dos EUA dizem que a disponibilidade de compras online está fazendo com que eles visitem menos os grandes shoppings regionais e lojas de varejo.”

O UBS supõe que a mudança prejudique as redes de lojas de departamento, como Macy’s e J.C. Penney, mais do que qualquer outra coisa. Prevê que a “interrupção” na indústria de vestuário continuará “pelo menos nos próximos cinco anos”.

Em sua pesquisa com mais de 2.500 consumidores, o UBS disse que o percentual de pessoas que vão ao shopping para fazer compras em lojas de departamento caiu para 20% este ano, ante 25% no ano passado. Ainda de acordo com a pesquisa, a porcentagem de pessoas que vão ao shopping comer subiu passou de 4% para 7%.

Além disso, Sole explicou que os compradores mais jovens estão liderando as mudanças.

Segundo o estudo, pessoas entre 18 e 34 anos estão comprando mais roupas online do que as gerações mais velhas. O banco informou que compradores de roupas com idades entre 18 e 24 anos, por exemplo, gastaram no online 38% de seus orçamentos para compra de vestuário este ano, contra 32% em 2014.

A internet desafiou fundamentalmente a proposta de valor dos shoppings”, continuou Sole. “O shopping, no passado, era um ótimo agregador. Era um balcão único onde os consumidores podiam ver tudo acontecendo no mundo da moda. Hoje, a grande maioria das descobertas de moda acontece online. Os consumidores não precisam do shopping para ajudá-los a descobrir o que é legal.”

Os donos de shopping centers estão começando a perceber isso. Eles não ignoram as mudanças nas preferências do consumidor.

Alguns dos maiores proprietários de shopping nos EUA, como Simon Property Group, Taubman e Unibail-Rodamco-Westfield, estão investindo em novos conceitos de área de alimentação, à medida que dedicam cada vez mais espaço em suas propriedades a usos de entretenimento e restaurantes.

O novo shopping da American Dream em Nova Jersey, uma vez concluído, terá 45% de seu espaço dedicado a lojas de varejo e o restante será ocupado por restaurantes, parques temáticos, uma pista de esqui, mini-golfe e pista de gelo, entre outras atrações para os visitantes.

Com informações do site CNBC

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Entidade sindical patronal da indústria do Estado de São Paulo, oficializada pelo MTE em 25 de janeiro de 1999, o SINDAL congrega, defende e representa os interesses das empresas que se dedicam à atividade econômica de projetar, fabricar, montar, suprir e dar manutenção em equipamentos e produtos para cozinhas profissionais e para a infraestrutura física de produção de alimentos servidos pelo setor do foodservice em geral.

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