Silvio Castelhano (Berta Cozinhas), Chef Rodrigo de Oliveira (Mocotó), João Peres (Sindal) e Maurício Costa

SINDAL PRESENTEIA O CHEF RODRIGO OLIVEIRA COM RARO LIVRO DA CULINÁRIA MARANHENSE

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Num almoço de fim de ano, ocorrido no dia 22/12/16, no restaurante Esquina Mocotó, agendado para que o presidente do Sindal João Peres apresentasse o projeto da cozinha do Instituto Anchieta Grajaú ao Sílvio Castelhano, dono da Berta Cozinhas Profissionais, surgiu a oportunidade para que fosse feita uma doação especial ao chef Rodrigo de Oliveira, do famoso Restaurante Mocotó, da Vila Medeiros, na zona norte da Capital.

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Sílvio Castelhano e João Peres

A história remonta ao início dos anos 2000, quando o Estado do Maranhão participava anualmente com um grande estande na FISPAL, trazendo os produtos regionais, em especial os de alimentos e bebidas da terra. Os visitantes podiam degustar os quitutes e doces locais, como o bombom de cupuaçu, o Guaraná Jesus e outras tantas iguarias que serviam para difundir a gastronomia e incentivar o turismo e o consumo dos produtos maranhenses.

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O estande era comandado pela sra. Tereza Murad, sogra de Roseane Sarney, que viria a ser governadora daquele estado.

João Peres conversava e ouvia a Dona Tereza Murad sobre as coisas do Maranhão e com particular interesse na gastronomia, e recebeu de presente um exemplar do  “PECADOS DA GULA – COMERES E BEBERES DAS GENTES DO MARANHÃO”, da quituteira e pesquisadora Zelinda Machado de Castro e Lima, recém publicado.

O livro ficou guardado no SINDAL por anos até que, tendo conhecido o chef Rodrigo e a sua arte gastronômica, por intermédio do Silvio Castelhano, seu fornecedor de equipamentos e consultor exclusivo, resolveu presentea-lo com os livros, para dar vida ‘a obra de Zelinda e propiciar a oportunidade para que as receitas e o conteúdo das comidas e bebidas típicas do Maranhão, ganhassem vida nas mãos de um reconhecido artista da gastronomia brasileira.

Rodrigo, com a humildade natural que lhe caracteriza, ficou muito contente e agradeceu o presente nos dizendo que sabia da existência dessa obra mas nunca tivera a oportunidade de lê-la, pois a edição estava esgotada há anos. Afirmou que os livros ele ficarão ‘a disposição dos interessados para pesquisas e leitura na biblioteca do Mocotó.

Vamos aguardar e ver o que sairá dessas páginas, para que possamos degustar suas criações e interpretações da culinária, tempero, alimentos e bebidas maranhenses.

PECADOS DA GULA – COMERES E BEBERES DAS GENTES DO MARANHÃO

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Zelinda Machado de Castro e Lima – Uma História dedicada a Arte no Maranhão

Filha do espanhol, Leôncio Castro, e da maranhense, Rosemira Castro, Zelinda Machado Castro e Lima, 87 anos, sempre foi uma amante das artes. Cresceu na
Rua dos Afogados – Centro, onde ainda adolescente foi pegando gosto pelos clubes literários, conhecendo artistas e se encantando pelo teatro. Zelinda Lima levou para fora do Estado as toadas dos tambores, a culinária, os azulejos e o folclore da sua gente.

GASTRONOMIA –  Livro revela culinária do MA para o Brasil

da Reportagem Local da Folha de São Paulo de 1998

Com suas peixadas, vatapás e até carurus, a cozinha maranhense, exibida no livro “Pecados da Gula”, lançado anteontem, lembra a culinária baiana.

“As mesmas tribos africanas que foram para a Bahia vieram para o Maranhão. A diferença é que usamos menos pimenta e bem menos dendê”, diz a autora Zelinda Ma
chado de Castro e Lima, que revela a culinária da terra dos Sarney para o Brasil.

Obra traz receitas dos Sarney

A família Sarney, aliás, contribuiu com algumas receitas para o livro, como a “Torta de Caranguejo à Moda de Kyola”, o “Creme Dr. Sarney” e o “Camarão Que José Gosta”, de autoria de Kyola Costa, mãe do ex-presidente e atual senador José Sarney.

O senador apareceu na festa de lançamento do livro, no Jockey Club de São Paulo, e enumerou seus pratos favoritos.

“A Caldeirada de Bagrinho do Lago ou de jeju lembra a minha infância. Mas o “Camarão Que José Gosta’ é uma coisa fantástica. É servido no céu, no domingo da ressurreição.”

Sarney se disse surpreso.

“Sou compadre de Zelinda há 50 anos, mas não sabia do livro. Mais do que falar sobre culinária, ela fala de antropologia alimentar”, disse.

O livro de Zelinda é dividido em dois volumes.

O primeiro, fruto de pesquisas da cozinheira por quase 50 anos, fala de costumes, utensílios, festas populares e até adivinhações do Maranhão.

Só no segundo aparecem as receitas.

Outros maranhenses ilustres também prestigiaram o lançamento. A cantora Alcione disse que seu prato favorito é o cuxá (guarnição à base de folhas de vinagreira e camarão seco) com torta de caranguejo. O carnavalesco Joãozinho Trinta elogiava o guaraná Jesus, cor-de-rosa, produzido apenas no Maranhão e que tem sabor de canela. “É o melhor guaraná do mundo, devia ser exportado.”

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Livro: Pecados da Gula
Autora: Zelinda Machado de Castro e Lima
Lançamento: CBPC (Centro Brasileiro de Produção Cultural)
Editora: Cbpc
Ano: 1998
Culinária
Peso: 1020g
Idioma: Português

Descrição: dados – culinária, gastronomia, receitas; cozinha regional, isbn 85 87134 03 5, editora CBPC, 1a edição, 1998, 236 págs., formato 22×22, peso 1, 020, capa dura com sobrecapa protetora, # sinopse – entre tantos pratos das gentes do Maranhão, o cuxá não é tão somente um acepipe comum, ele é nosso retrato, nossa cara, nossa identidade, resultante do caldeamento indígena, português e africano nesta parte do Brasil. O cuxá já figurava, em 1889, no Dicionário de Vocábulos Brasileiros do Visconde de Beaupaire Rohan. Pesquisado por antropólogos e sociólogos, como Câmara Cascudo, Nunes Pereira e muitos outros, o cuxá tem sido louvado em prosa e verso: ele não é apenas um prato exótico da cozinha do Maranhão, mas um brasão de cidadania da gente do Maranhão…

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Sobre Sindal

Entidade sindical patronal da indústria do Estado de São Paulo, oficializada pelo MTE em 25 de janeiro de 1999, o SINDAL congrega, defende e representa os interesses das empresas que se dedicam à atividade econômica de projetar, fabricar, montar, suprir e dar manutenção em equipamentos e produtos para cozinhas profissionais e para a infraestrutura física de produção de alimentos servidos pelo setor do foodservice em geral.

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Um comentário

  1. Gostei muito do artigo do seu site. Estarei acompanhando sempre.Grata!!!

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